Finalmente Paris. Depois de dias nos aventurando por lugares remotos do litoral Europeu e Africano, onde se andava praticamente só de bermuda, camiseta e chinelo, a percepção de estar no meio urbano volta aos sentidos.
Saímos de Taghazut às 2 a.m embaixo de chuva, encontramos um motorista de taxi que nos aguardava conforme o combinado, mas que colocou um “boy” para nos dirigir por 250 km em direção a Marrakesh, de onde partiria o vôo. Uma viagem de filme, muita chuva no caminho, e nosso motorista nos enganou, escolhendo uma estrada não oficial, que levaria pelo menos 1 hora a mais para chegar ao aeroporto. Isso significava 1 hora de atraso ao que precisávamos para chegar com calma ao nosso vôo. Fazendo manobras arriscadas chegamos sem tempo de embarcar, mas a tranquilidade veio ao saber que o vôo havia sido cancelado para dali à 2 horas.
Passada a aventura e 3 horas de vôo finalmente desembarquei em Paris, seguindo com bastante facilidade as linhas de metro, logo me encontrava no centro da capital, próximo à Notre Dame e ao Louvre. Como vinha me recuperando de uma recém contaminação alimentar e forças ainda me faltavam, procurei o mais rápido possível um hotel para me instalar e fugir do frio de quase 2ºC que atacava um recém chegado das praias africanas.
Logo que saí do subsolo Parisiense, na estação St. Paul, dei de cara com o que mais me parecia a salvação, em letras grandes a palavra HOTEL foi a mais confortante visão que tive nas últimas horas. Por sorte, o hotel era muito bom e o preço bastante acessível me fazendo abandonar a procura pelo hotel que havia feito reserva enquanto ainda estava no Marrocos. Nele decidi então não sair mais, pois já havia anoitecido e precisava me recuperar e avisar a família que estava tudo bem.
O dia seguinte começou com a sensação de que tudo estava melhor, mais forte, muito disposto e curioso para explorar minha nova parada. Meu hotel se encontrava quase que as margens do Rio Sena, o famoso e magnífico rio que proporcionou o desenvolvimento seguro de Paris. Em volta do Sena, diversos pontos famosos podem ser visitados e, com isso, não tive dificuldade em traçar minha rota: Catedral de Notre Dame, famosa pelo romance de Victor Hugo; Museu do Louvre, com seu acervo artístico e arqueológico mundialmente famosos, além da arquitetura magnífica digna de estar em uma das capitais mais ricas da Europa. Cidade que, sem medo algum de arriscar-se a apagar seu passado, demoliu a antiga Paris e a reconstruiu com mais vida e criatividade que nunca. Muitos historiadores apontam que esta forma arrojada de trabalhar seu cotidiano é um dos sintomas de um povo capaz de criar tendências em diversos campos da cultura humana. Em Paris há sempre espaço para se propor o novo, seja na arte, arquitetura, tecnologia ou ciências.
Paris é maravilhosa, e faz valer seu apelido de Cidade das Luzes quando a noite chega. E quando chegou, foi hora de voltar ao hotel e me preparar para o último dia de viagem do projeto Despertar.
melhor post
ResponderExcluirmelhores fotos
Paris meerece!