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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Marrocos, últimas palavras

Taghazout / Anchor Point


Rash beach, a varanda do hotel





Anchor Point





mulheres sussurram pelos cantos em cenas frequentes de Agadir

as mesquitas sempre presentes

eu, Isac, Guerry e Bruno

último por do sol africano

Último dia no Marrocos, após quase 3 dias sem sair do hotel por repentino "mal estar" típico de um recém chegado posso enfim finalizar nosso relato .

Quando chegamos aqui, sabíamos que o mar subiria. Aceitar previsões além destas era um pouco precipitado pela distância de datas. Subitamente em uma manhã as ondas começaram a aparecer. Pudemos conhecer lugares como Killers Point, Mysteries, Anchor Point, Boilers, Tamari e Devil’s Rock.

Com as maiores ondas, Anchor Point, é provavelmente a onda do Marrocos mais conhecida internacionalmente, fato que garante uma grande quantidade de pessoas na água quando o point funciona. Aqui existem bons surfistas locais, esses cercados por muitos europeus, alguns vindos do centro do continente. Perdidos em relação ao mar e como lidar com sua força, alguns desses despencam das ondas mesmo com 5 a 6 pés em frente as cabeças de pedra e retornam como se ali não houvesse risco nenhum, acertando elas ou não. O mesmo acontece entrando e saindo do mar, o número de quedas nas pedras é impressionante, talvez isso explique porque os restauradores de prancha são tão estressados com o trabalho, que cobram o dobro do Brasil e em Euros.

Altas ondas que duraram pouco tempo no tamanho desejado, mas para quem pode presenciar as séries de Anchor quebrando timidamente o espetáculo valeu a pena, surfar algumas ondas ali e em Killers, uma oportunidade única que dificilmente se repetirá.

Durante essas caminhadas em busca das ondas ou pelas cidades vizinhas, tivemos dois companheiros que estavam no mesmo hotel que nós: Gerry, um típico jovem alemão de pele, cabelos e olhos bem claros que para nossa surpresa era nada menos que um dos membros da equipe Alemã de surf em rio. Gerry, natural de Munique, surfa tão bem quanto os melhores na praia e ficou maravilhado ao ver minhas fotos do Brasil. Não vou me esquecer quando olhando fixamente para a tela do computador, ele falou baixo consigo mesmo ( em inglês com um sotaque alemão saído de algum filme medieval) : “Your land is so beautifull that it seems no true, it looks like a dream”. Gerry sabe que esta convidado para viver esse sonho quando quizer.

Nosso outro companheiro, Isac, um inglês de 19 anos recém formado no 3º grau, começou no Marrocos uma viagem de um ano pelo mundo. Igualmente de bom coração nos acompanha buscando se preparar para novas ondas como as da Indonésia. Isac tem desconfiança de visitar o Brasil pois para ele é um país muito violento e perigoso, cheio de crimes e assaltos. Acredito que em decorrência dos últimos acontecimentos, de grande escala no RJ como os pequenos mas relevantes em Florianópolis, Isac pode confirmar esse pré-conceito para a vergonha de todos nós brasileiros.

Em poucas horas diremos adeus aos amigos aqui e ao Marrocos, é hora de voltar a Europa. Voltaremos a estrada as 2 a.m. Bruno vai para Roma, de onde volta para o Brasil. Eu, embarco para Paris onde por 3 dias buscarei conhecer a cidade das luzes.

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